domingo, 24 de abril de 2011

 DICAS DE OUTONO por tania@animamundhy.com.br
O outono é a estação de moderação das atividades, de colheita e preparação para o inverno. É momento da natureza em que os alimentos são conservados e armazenados enquanto as folhas caem e a terra fértil prepara o seu recolhimento de inverno.
Assim como é na natureza, também é dentro de nós. No outono colhemos e armazenamos todos os nossos alimentos (físicos, mentais, emocionais e energéticos) para com eles termos o sustento durante o inverno. É, pois, o momento de olhar para o nosso plantio, avaliar o que está bom para armazenamento e o que deve ser descartado, por não mais servir. Assim preparamo-nos para o recolhimento que a estação de inverno nos propõe.
Ingerir alimentos e obter ar (oxigênio), assimilar e utilizar combustíveis e, então livrar-se das coisas desnecessárias é um dos aspectos que o outono vem nos trazer, segundo a medicina chinesa.
Então, no outono tendemos a comer mais que no verão, e nosso corpo pede por alimentos mais nutritivos, quentes e úmidos, uma vez que é também a estação da seca e dos ventos.
Os alimentos devem ser de preferência cozidos, grelhados ou assados, evitando-se sempre que possível os crus. Os sabores doce (frutas, arroz, carnes, leite), salgado (sal e frutos do mar) e ácido (queijos, frutas cítricas) são altamente benéficos uma vez que são rapidamente transformados em energia para o corpo.
Deve-se diminuir (não eliminar) a ingestão de alimentos com sabor picante (condimentos), amargo (verduras cruas) e adstringente (tofu, feijões, ervilhas, caju, caqui).
Cominho, gengibre, canela, sal, cravo, mostarda e pequena quantidade de pimenta são aceitáveis e combatem o frio.
As sementes (amêndoas, nozes, castanhas) podem ser consumidas nos intervalos das refeições pois são altamente nutritivas.
Para a medicina chinesa, o outono é a estação que se relaciona com o pulmão e o nariz, assim como o intestino grosso e a pele. Portanto, é comum as tosses, diarréia, prisão de ventre, falta de vitalidade, problemas de garganta e esôfago, fragilidade emocional, asma, bronquite, gripe, coriza, nariz entupido, choro freqüente e são sinais de desequilíbrios nesta estação. A pele tende a ressecar.
Ingerir líquidos é altamente recomendável para combater a secura da estação além de facilitar a diluição do muco que o sistema respiratório poderá estar formando. É a época em que se deve tomar muito chá, e o chá de hortelã traz um elemento especialmente positivo, sendo ao mesmo tempo de sabor picante e não produz calor em demasia. Lembrando que o outono ainda é quente, em comparação com o inverno.
Os chás – erva doce, camomila, canela, gengibre – são bem-vindos e poderão ser consumidos ao longo do dia, de preferência mornos, com mel e limão.
A emoção que o outono propicia é a melancolia e o choro, e estas se manifestam quando algo está em desequilíbrio. Então, o sol entra como um forte aliado, pois além de ser fonte de calor, ainda promove alegria. Ambientes de montanha e locais que brotem água são ótimos para recompor e reequilibrar as energias neste período.

domingo, 13 de março de 2011

Chá de Hibiscus

O chá de hibiscus, assim como o chá verde, tem propriedades medicinais, e com esse intuito tem sido cultivado no Brasil, através da iniciativa da bióloga Lúcia Helena, que se dedica a investigar substâncias fitoterápicas há pelo menos 20 anos. Seguindo esse percurso ela deparou com o cálice das flores de uma espécie conhecida como Hibiscus sabdariffa, que provém da Ásia, especialmente da Índia, e da África.

Hoje a cientista se empenha em elaborar o chá de hibiscus consumido no Brasil, o qual atua no aceleramento do metabolismo, além de impedir o aparecimento do diabetes de tipo 2, de reduzir a produção do colesterol, bem como de diminuir os níveis de lipídio e glicose na circulação sanguínea.

Além do mais esta substância atua como calmante, é diurético e laxante, superando os benefícios oferecidos pelo chá verde, pois tem um baixo teor de cafeína. No Ocidente ela só se tornou popular depois que os indianos passaram a enviá-la para os EUA, a Alemanha, Inglaterra e França.

O cultivo do Hibiscus sabdariffa exige uma atenção maior, mas o resultado final é plenamente satisfatório, com o desenvolvimento de uma pequena planta perfeitamente agradável à visão, detentora de flores e folhas de intenso valor medicinal. Seu cálice é o elemento mais valioso em termos de produção alimentar.

Portador de antocianina, que integra o grupo dos flavanóides, sendo assim similar ao vinho, com a vantagem de não possuir álcool em sua composição; e de mucilagem, pigmentos flavonóicos, acido tartárico, málico, cítrico e hibístico, fitosteróis, como o sitosterol, campestrol, ergosterol, estigmasterol, ele traz vastos benefícios à saúde do organismo.

Este chá atua também como antioxidante, adia o envelhecimento da pele, além de ser abundante em cálcio.

Ele também é utilizado na fabricação de produtos alimentares, como geléias, chutneys, coberturas, molhos de pimenta e temperos, podendo assim ser amplamente empregado para a confecção de pratos gastronômicos finos, como cogumelos shitake, salmão e queijo Brie, entre outros.

Só recentemente a produção do chá de hibiscus se nacionalizou, pois há dez anos ele era obtido apenas como um produto importado.

O hibiscus pode igualmente ser consumido na forma de suco, com uma colher de chá da flor mergulhada em um litro de água de um dia para o outro.
Depois é só misturar no liquidificador com as frutas preferidas.

Como chá basta colocar o produto em água quente e deixar ferver por três minutos.
Ele pode ser consumido aquecido ou gelado, dependendo da temperatura ambiente e do gosto de cada um.
Seu sabor é levemente azedo.

Fontes:
http://www.phar-mecum.com.br/atual_jornal.cfm?jor_id=6148
http://www.flordoshibiscus.com.br/pt